Irmandade Espírita de Umbanda São Jorge
Nossa História
Iniciamos nossas atividades em 23 de Abril de 1974, referendada por abnegados irmãos de boa vontade, que mesmo a mercê de dificuldades, projetaram um pequeno salão para que pudéssemos iniciar nossas obrigações em definitivo.
O Barão (Le Baron), uma entidade que protege Irmandade, previu e desenhou que a nossa sede própria viria em breve, e que a construção do prédio seria idêntica a uma pirâmide na horizontal.
Memorial - Sr. Orlando Vitti (Fundador da Irmandade)
Nosso mentor espiritual Sr. Orlando Vitti, nasceu em 16/03/1938 e desencarnou em 01/10/2018.Nosso irmão Orlando Vitti se libertou... volta à pátria espiritual e deixa um legado… Dedicou sua vida à espiritualidade, foram 60 anos de trabalhos mediúnicos… Construiu uma casa espiritual que atende centenas de pessoas por mês. Abriu mão de quase tudo para atender ao próximo... Amado por muitos, também muito amou.
Nossa Filosofia de Trabalho
A Irmandade Espírita de Umbanda São Jorge possui um compromisso com a verdade. Não praticamos leituras de cartas, jogos de búzios ou outros modos de adivinhações, que a nosso ver, não tem nada haver com o espiritismo.
Pai João Livino (Preto Velho)Protetor espiritual de maior hierarquia da Irmandade. Responsável espiritual pela nossa Irmandade. Protetor de altíssima hierarquia espiritual.
Ambroise Paré (Barão - Le Baron)Protetor espiritual da Irmandade.Responsável pelas linhas de curas espirituais de nossa Irmandade. Médico Francês, cirurgião (1510 - 1590).
Preto Velho
As correntes de Pretos Velhos são esplendorosas. Eles representam todos os espíritos de humildade, de serenidade e de paciência que devemos ter sempre em mente para que possamos evoluir espiritualmente.
Eles chegaram ao Brasil, como escravos, sendo traficados pelos feitores que escolhiam para venda os jovens e os mais fortes.
Os Pretos Velhos, formam uma Falange ou Linha de Espíritos, pois são originários dos escravos no cativeiro, onde viviam amontoados em senzalas, alimentando-se sempre de restos das comidas dos brancos, sendo submetidos às condições desumanas e implacáveis de trabalho forçado, sofrendo atrocidades e torturas de todas as formas, sendo que somente os mais fortes sobreviviam.
Apesar de tudo, estes povos renegados pela sorte, trouxeram dentro de suas entranhas e espírito, a ciência e a sabedoria de seus ancestrais, empregando seus dotes no uso das ervas, plantas, raízes e tudo ou mais que estava disponível no lugar, encontrado na natureza.
Os Pretos Velhos, têm uma característica muito própria de linguajar, quando de sua incorporação em um médium, com uma forma envergada, sob o peso dos anos de existência em vida na terra, senta-se com a dificuldade das juntas enrijecidas e os músculos fatigados num pequeno banco de madeira, que lembra o antigo toco que havia nas senzalas.
Os Pretos Velhos ainda fumam cachimbo de barro ou de madeira rudimentar, falando com os visitantes e filhos, usando um linguajar comum aos escravos que não falavam bem o português.
Com seus cachimbos, fala pausada, tranquilidade nos gestos, eles escutam e ajudam àqueles que necessitam independentes de sua cor, idade, sexo, raça e de religião.
E assim são os Pretos Velhos da Umbanda. Eles representam a força, a resignação, a sabedoria, o amor e a caridade.
São um ponto de referência para todos que necessitam da cura, dos ensinamentos, dos caminhos para pessoas e, também para espíritos sem luz.
Não se engane, por trás desta simplicidade, humildade e bondade de um Preto Velho, reside um espírito de grande sabedoria e evolução espiritual.
Salve a todos os Pretos Velhos, que Deus os ilumine e os abençoem. A todos os que trabalham nesse mundo e no outro plano com muito Amor.
Caboclo
Na Umbanda, o Caboclo é a imagem do indígena nativo de nossa terra e quando incorporado, presta caridade, dá passes, canta, dança e anda de um lado para outro em lembranças do tempo de aldeia.
Conhecedor de muitas erva, os Caboclos são exímios na arte e na limpeza espiritual, são profundos conhecedores das ervas medicinais e de suas propriedades espirituais, assim como suas propriedades terapêuticas para o tratamento de muitos males.
As entidades denominadas de Caboclos que apresentam-se na Umbanda, são espíritos com um grau espiritual muito elevado, existem diversas linhas de atuação que um caboclo pode se apresentar diante seu médium.
São grandes passistas e os resultados de seus trabalhos aparecem rapidamente.
Os Caboclos são entidades fortes, viris. Alguns têm uma dificuldade muito grande de se expressar em nossa língua, sendo normalmente auxiliados pelos cambonos, que são filhos da casa, iniciando seus desenvolvimentos ou alguém que não tenha mediunidade de incorporação.
Eles são muitos sérios, porém dançam e cantam ao seu modo.
Ogum
Ogum (em yoruba: Ògún) é, na mitologia yoruba, o orixá ferreiro, senhor dos metais.
O próprio Ogum forjava suas ferramentas, tanto para a caça, como para a agricultura, e para a guerra.
Ogum é o guerreiro, general destemido e estratégico, é aquele que veio para ser o vencedor das grandes batalhas, o desbravador que busca a evolução.
Defensor dos desamparados, segundo a lenda, Ogum andava pelo mundo comprando a causa dos indefesos, sempre muito justo e benevolente.
Ele era o ferreiro dos orixás, senhor das armas e dono das estradas.
Irreverente, pois é um orixá valente, traz na espada tudo o que busca.
Na Umbanda há diversos falangeiros seus como Ogum Beira-Mar, Ogum Marinho, Ogum Sete Ondas, Ogum Megê, Ogum Timbiri, Ogum Yara, Ogum Dilê, Ogum Matinata, entre outros.
Baiano
A Umbanda caracterizou-se por cultuar figuras nacionais associadas à natureza, à condição subalterna em relação ao padrão branco ocidental.
O Baiano representa a força do fragilizado, o que sofreu e aprendeu na "escola da vida" e, portanto, pode ajudar as pessoas.
O reconhecido caráter de bravura e irreverência do nordestino migrante parece ser responsável pelo fato de os baianos terem se tornado uma entidade de grande frequência e importância nas giras paulistas e de todo o país, nos últimos anos.
De um modo geral, Baianos são tidos como alegres e teimosas em afirmar sua identidade cultural.
Os baianos da Umbanda, entretanto, são poucos presentes na literatura científica.
Sabe-se que eles são guias que mesclam características da direita e da esquerda, nas giras ele se apresenta com forte traço regionalista, principalmente em seu modo de falar cantado, diferente, eles são "do tipo que não levam desaforo pra casa", possuem uma capacidade de ouvir e aconselhar, conversando bastante, falando baixo e mansamente, são carinhosos e passam segurança ao consulente que tem fé.
Os Baianos na Umbanda são "doutrinados", se assim podemos dizer, apresentam um comportamento comedido, não falam mal, nem provocam ninguém, não sendo enfim zombeteiros.
Os trabalhos com a corrente dos Baianos nos trazem muita paz, nos passando perseverança, para vencermos as dificuldades de nossa jornada terrena.
Guardião
A Irmandade Espírita de Umbanda São Jorge, tem o privilégio de ter como um dos Guias de chefia da casa, nosso GUARDIÃO DA MEIA NOITE - SETE PORTEIRA DAS ALMAS, que com sua bagagem, sabedoria e legiões de compadres que trabalham sob sua liderança e permissão, vem nos orientando e protegendo em nossas dificuldades materiais e espirituais, nunca prometendo milagres e riquezas a ninguém, porém, comprometendo-se com muito trabalho a ajudar quem merecer e acreditar, frequentar e tiver fé na doutrina espiritual, desde que sendo merecedor.Nos textos abaixo, não aparecerão outros nomes ou mesmos palavras designando entidades, porém, é bom frisar que não há intenção de omissão, ou mesmo que não existam outros Guardiões ou Exus. A Umbanda é muito maior do que se divulgam e muitos são os centros e médiuns, que recebem entidades desconhecidas pela Irmandade. Uma energia da natureza. Ser elementar e Guardião das fronteiras que separa o mundo inferior do superior.
Polícia de choque que persegue, prende e leva para os campos de orientação espiritual os espíritos perversos, que semeiam a discórdia, o ódio e a vingança entre os homens.
Elo entre o ser humano e os Guias maiores, é ele que leva seus pedidos até eles, e cumpre severamente suas determinações.
Guardião não é mal, ele é justo, fazendo cumprir a lei divina de "ação e reação" ou "lei do retorno".
O verdadeiro Guardião possui grandes legiões de entidades que trabalha sob seu comando e, como ele, lutam para evoluir.
São espíritos que já encarnaram, mas vivem ligados a matéria e, por isso, ainda sente algumas necessidades.
O Guardião está num estágio de evolução a que se submete as leis divinas, no qual é incumbido de cobrar ou resgatar os débitos de seres que estão na terra e dos que já estiveram na condição humana, a fim de alcançar no fim deste estágio um novo grau evolutivo dado por Deus aos seres do Universo.
Um Guardião é protetor. Guardião (origem africana) é o símbolo da fecundação e desenvolvimento. Carinhosamente tratado como "Compadre", amigo íntimo e sempre presente para defender seu protegido.
Não se pode de forma alguma relacionar os espíritos obsessores aos Guardiões, que realmente existem e viveram encarnados na Terra. Não se pode confundir de forma alguma os Guardiões com o "Diabo", "Satanás", "Capeta"..., os quais não existem e foram criados por outras religiões.
Os Guardões são orientados por Guias (Caboclos e Pretos Velhos) e trabalham como intermediários entre os Guias Maiores e os homens em missão do bem para a humanidade.
Formam numerosas falanges, todas lideradas por grandes chefes agindo no nosso mundo.
Realizam trabalhos maravilhosos de curas, dão conselhos edificantes, praticam enfim o bem, semeando o eterno amor. São sublimes as suas realizações e sua atuação dentro da Umbanda prestando caridade, isso é constante.
Existem Guardiões da terra, do fogo, da água e do ar, bem como, nas combinações desses elementos e nos estados de transição entre eles, incluindo os cemitérios.
Através do tempo, o Guardião poderá atingir graus de evolução espiritual enormes, de tal forma que poderão passar a integrar as falanges dos Caboclos e dos Pretos Velhos, praticando somente o bem, pelo simples prazer de praticá-los, porém não mais como Guardião, mas sim como Caboclos ou Pretos Velhos.